segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Campanha "Continuamos à espera...pelos Direitos Humanos, participa na construção da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015".

A P&D Factor começa o ano de 2014 com a Campanha "Continuamos à espera...pelos Direitos Humanos, participa na construção da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015"

Continuamos à Espera  resulta do trabalho da P&D Factor com  mais 3 organizações da sociedade civil portuguesa: CCC - Associação Corações com Coroa, AJPAS-Associação de Intervenção Comunitária, Desenvolvimento Social e Saúde e Oikos - Cooperação e Desenvolvimento.

Continuamos à Espera é uma campanha de Educação para o Desenvolvimento e para a Cidadania Global, centrada nas temáticas da Saúde Sexual e Reprodutiva, Justiça Social, Igualdade de Género e Oportunidades e baseada nos Direitos Humanos. Uma campanha que parte de uma chamada de atenção para as situações de prrfunda discriminação e desigualdade que continuam a existir em qualquer parte do mundo e face às quais não podemos ficar indiferentes nem a aguardar que o decurso dos tempos e a mudança de mentalidades resolvam os problemas.

Continuamos à Espera pretende INFORMAR, INSPIRAR, MOBILIZAR e AGIR em torno da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 com vista à promoção e defesa de um ambiente social e político favorável ao exercício dos direitos humanos em igualdade de todas as pessoas, sobretudo as mais invisíveis e que mais facilmente estão em situação evitável de vulnerabilidade, pobreza, doença e exclusão: as raparigas e as mulheres.

Continuamos à Espera parte da constatação do que foi ou não alcançado com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio ( ODM, 2000) e das razões que o determinaram,  da agenda inacabada do Plano Acção do Cairo (CIPD, 1994) e do que está por cumprir na Plataforma de Acção de Beijing (1995) bem como dos acordos posteriores. Com o impulso que os ODM geraram, as agências das Nações Unidas desenvolvem, neste momento trabalho, e conversações em parceria com governos, sociedade civil, tendo em vista a criação e elaboração de uma nova Agenda de Desenvolvimento pós-2015.

Mas em 2014 há importantes balanços a fazer e decisões a tomar! 

·     Continuamos à espera de ver as pessoas no centro das políticas e agendas de desenvolvimento e assegurar que todas as pessoas, sobretudo as mulheres , jovens e as adolescentes, tenham acesso à informação, aos serviços e à protecção que de precisam para ter uma vida segura, saudável e gratificante.

Continuamos à Espera apela a um papel mais interveniente e activo na construção da Agenda de Desenvolvimento, que atenda aos Direitos Humanos e às desigualdades mais gritantes e que são esquecidas:
  •   A saúde sexual e reprodutiva (saúde materno-infantil, planeamento familiar, saúde de adolescentes, prevenção do VIH e Sida, parto e maternidade segura);
  •   A educação das raparigas (que promova o conhecimento, a manutenção no sistema de ensino e formação, que previna os casamentos precoces e forçados, a gravidez adolescente, a mutilação genital feminina, a violência e a discriminação);
  •   A igualdade de género e de oportunidades (que assegure a participação e reconhecimento dos contributos políticos, sociais e económicos das mulheres e jovens); e
  •   A justiça social que, no respeito pelos direitos humanos, promova e defenda o trabalho digno, a protecção social e o empoderamento como essenciais ao desenvolvimento das pessoas, das famílias, das economias e do mundo.
Continuamos à espera apela ao debate, acção e contributo de parlamentares, de governos, de profissionais, de líderes juvenis, de associações não-governamentais, de fundações, de escolas, de universidades, de opinion-makers, de jornalistas, de órgãos de comunicação social e da população em geral.

As várias formas de pobreza e exclusão social têm por base um défice em matéria de Saúde, Igualdade, Educação e Justiça Social - aspectos essenciais à realização dos Direitos Humanos. Alguns factos:

·         140 milhões de crianças e mulheres são sujeitas a uma forma de Mutilação Genital Feminina;

·         67 milhões de raparigas com menos de 18 anos são forçadas a casar;

·         1 em cada 9 raparigas casará antes dos 15 anos95% dos partos de mães adolescentes ocorrem em países em desenvolvimento;

·       Mais de 200 milhões de mulheres querem e não têm acesso a planeamento familiar e 1 em cada 5 raparigas será mãe antes de completar 18 anos.

·       Todos os dias, 800 mulheres morrem de causas evitáveis relacionadas com a gravidez e o parto; 99% dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento. Para as adolescentes e mulheres, em muitos países, esta é a principal causa de morte.

·       A manterem-se as tendências recentes, em 2015, cerca de mil milhões de pessoas viverão ainda com menos de 1,25 dólares/ 0,92 euros por dia.

·     A educação protege as raparigas do casamento precoce e da gravidez adolescente, no entanto apenas 30% das raparigas a nível mundial completam o ensino secundário.

Continuamos à espera é um movimento que se irá desenrolar ao longo do ano de 2014. Algumas iniciativas estão já a ser planeadas, mas aguardamos também as sugestões de pessoas e organizações que se queiram juntar a nós. Temos disponibilidade  para debater, propor, participar e apoiar iniciativas também da imprensa, das escolas, das universidades, dos municípios, das associações e fóruns, de grupos informais, de pessoas individuais, …


A informação, o empoderamento e os direitos das pessoas são fundamentais para garantir vidas melhores e um futuro sustentável


Este é parte do nosso  compromisso para com todas as pessoas que são sócias da P&D Factor, e também razão da nossa existência.  

Assim, é com grato prazer que informamos que a partir de dia 15 de Janeiro pode encontrar os postais da Campanha em todos os postos de distribuição da Postalfree, seguir-nos na página da Campanha em www.facebook.com/continuamosaespera,onde encontrará informação e o Spot da Campanha que conta com,  entre outros, a participação da sócia da P&D Factor e Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA,  Catarina Furtado.

Junte-se a nós. Participe, mobilize-se, divulgue. Envie-nos a sua sugestão e contributo. A sua ajuda é fundamental.


Versão Completa do spot: http://www.youtube.com/watch?v=F4gFQdzk7E8



Associação sem fins lucrativos / Non-profit association
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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Dekh Le

Como é que o homem reagiria se o seu olhar perverso o reflectisse a si próprio?

"Em dezembro, uma adolescente indiana sofreu dois estupros coletivos em ataques separados e depois morreu queimada viva. O Whistling Woods International Institute, uma escola de artes localizada em Mumbai, coincidentemente, lançou no mesmo mês uma campanha para promover o debate sobre o comportamento masculino no país.
O Instituto criou o filme Dekh Le, que tem como objetivo celebrar o aniversário de outro estupro coletivo cometido no país. O vídeo já tem mais de 2 milhões de views em apenas duas semanas no ar.
O vídeo mostra a face do assédio sexual se voltando para o homem. O olhar do abuso é refletido por objetos localizados no corpo das mulheres, deixando os homens desconcertados".