quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Hoshyar Foundation

Hoshyar Foundation: Educação para meninas no Paquistão

http://portal.sliderocket.com/BBVXH/Hoshyar-Foundation

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Desde que nascemos, como espécie, que nos degladiamos com uma verdade com a qual não sabemos lidar: a vida não tem qualquer sentido.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

"o tratado do homem"

"Na fase actual, embora em plena evolução, antropologia é ainda essencialmente (...) "ciência das sociedades primitivas", devendo-se entender com isso que ela se interessa quase exclusivamente por formas de cultura muito diferentes das nossas, não sendo, pois, possível nem desejável uma generalização. Mas podemos alimentar a esperança de que não vem longe o dia em que ela abrangerá as pesquisas relativas a toda a espécie de populações e de comportamentos. Nesse momento, a antropologia merecerá, na verdade, ser elevada à categoria de "primeira ciência do homem" (Copans et. al, 1971, Antropologia. Ciência das Sociedades Primitivas?, Lisboa: Edições 70, 11).

Acho que já lá estamos. Nascemos como ciência que estuda o "outro" exótico e estrangeiro nos "outros lugares". Passámos, numa segunda fase, a "ciência das sociedades complexas" como pomposamente nos chamámos. E finalmente percebemos que primitivo e complexo são definições existentes também aqui, que na nossa casa também há trabalho a fazer, pesquisa e (porque não?) aplicação ou intervenção. Se queremos fazer a diferença e se consideramos que tod@s devem ser tratados de forma igual, com os mesmos direitos e deveres, a antropologia pública é o caminho. Porque o que não falta à nossa frente somos "nós" e os "outros".

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Seminário Trabalho Sexual e Direitos Humanos

Seminário "Trabalho Sexual e Direitos Humanos", do Porto G - APDES, 6ª feira, dia 25 de Novembro de 2011, das 9H-18H:

http://www.apdes.pt/news_details.php?id=41&offset=0

O Programa está disponível em:

http://www.apdes.pt/uploads/news_files/58.pdf

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Report From 2011′s Sex Worker Open University

Report From 2011′s Sex Worker Open University, por Audacia Ray, in:
http://titsandsass.com/?p=6603

Me llaman calle

http://www.youtube.com/watch?v=lzZWXUfIyIs

WHAT’S THE COST OF A RUMOUR?

WHAT’S THE COST OF A RUMOUR?
A guide to sorting out the myths and the facts about sporting events
and trafficking
2011 Global Alliance Against Traffic in Women (GAATW) in:

http://www.gaatw.org/publications/WhatstheCostofaRumour.11.07.2011.pdf

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Rede sobre Trabalho Sexual não se identifica com a campanha “Junt@s por uma Europa livre de prostituição”

A REDE SOBRE TRABALHO SEXUAL REPUDIA A CAMPANHA "JUNT@S POR UMA EUROPA LIVRE DE PROSTITUIÇÃO"

Comunicado

A Rede sobre Trabalho Sexual vem distanciar-se da campanha “Junt@s por uma Europa livre de prostituição” do Lobby Europeu de Mulheres (LEM), lançada hoje, em Portugal, pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres e denunciar o que ...considera ser uma visão redutora da realidade do Trabalho Sexual.

A Rede sobre Trabalho Sexual representa a maioria das organizações nacionais que intervêm directamente com trabalhadores do sexo e constitui-se, entre outras, pelas seguintes entidades e pessoas individuais: Acompanha, APDES, Associação Novo Olhar, GAT, Liga Portuguesa Contra a Sida, Obra Social das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, Existências, Médicos do Mundo, Positivo, UMAR, Alexandra Oliveira, Filipa Alvim e Jó Bernardo.

Esta rede considera que o trabalho sexual é multiforme e as experiências de quem exerce esta actividade são diversas, não podendo ser reduzidas ao abuso, ao tráfico e exploração sexual, crimes que esta Rede repudia. O vídeo apresentado pelo Lobby Europeu das Mulheres dá uma imagem negativa e simplista dos trabalhadores do sexo, dos seus clientes e das relações que estes estabelecem, o que, pela experiência desta rede, não corresponde à realidade da esmagadora maioria das situações.

A imagem vitimizante que é apresentada sobre os trabalhadores do sexo é parcial, simplista e não os dignifica nem respeita a sua capacidade de escolha, o que contribui para o reforço do estigma e da marginalização destas pessoas.

Também a nível europeu, diversas organizações e trabalhadores do sexo, tal como o International Committee on the Rights of Sex Workers in Europe, têm-se pronunciado publicamente repudiando esta campanha do LEM.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

servimos para entreter?!

"em períodos de guerra ou de ameaça de guerra, assiste-se ao desenvolvimento da prostituição e do entretenimento sexual junto das bases militares. A ideia dominante é que se, cabe aos homens combater na guerra, cabe, nesta perspectiva, às mulheres entretê-los" (Santos, Boaventura S., et. al., 2007, O tráfico de mulheres para exploração sexual, Coimbra: CES/CAIM, 23.

...não era mau que fosse "só" em situações de guerra ou ameaça de guerra...
porque é que não somos vistas como iguais?
porque é que ganhamos menos que os homens?
porque é que somos as primeiras a ficar no desemprego?
porque é que somos tantas em trabalho precário?
porque é que nos continuam a bater e a maltratar?
porque raio é que eu, que por mero acidente universal nasci mulher, hei-de ser [mais] vulnerável?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

sábado, 13 de agosto de 2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ongs e tsh

"há mais técnicos que vítimas, como se costuma dizer. mas não há! Há mais vítimas que técnicos!"

O TSH no México

"Mexico changes constitution to combat human trafficking:

President Felipe Calderon announced two of the changes - one that requires those accused of human trafficking to be imprisoned during trials, and one that guarantees anonymity of victims who denounce the crime":

http://thecnnfreedomproject.blogs.cnn.com/2011/07/14/mexico-changes-constitution-to-combat-human-trafficking/?iref=obinsite

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Em caso de dúvida: Falar!

"Acolhemos até à data seis menores. Esta ideia de que são muito jovens de facto, sobretudo quando estamos a falar da exploração sexual, é uma realidade" - diz fonte de ONG que acolhe vítimas de tráfico humano.

Lá que se veja o comércio do sexo como isso mesmo - um serviço, um comércio - não significa que não me passe com a confirmação de que há clientes que vão com menores, que não sintam o quanto a pedofilia é crime, e que em caso de suspeita não tentem conversar com elas ou ligar directamente para o 112.

Porque, sinceramente, é isso que se faz: e se não se quer ligar para a polícia [mesmo podendo fazer queixa anónima], então liga-se para a Equipa Multidiscplinar contra o tráfico de seres humanos: 964 608 288. Ou para a Linha S.O.S Imigrante: 808 257 257.

Porque em caso de dúvida, se não se quer denunciar, é imprescíndivel pelo menos Falar!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

primeira ronda pós trabalho de campo

Acabo de fazer a minha primeira ronda colectiva pós dar por terminado o trabalho de campo. Foi bom, descontraído. É sempre, já.
Para começar, e para não variar, cheguei ao ponto de encontro bem mais cedo que a hora combinada. Já é um ritual. Antes de chegar ao RedLight, passo pela Manela e pela "Fátima" [nomes fictícios, evidentemente], para trocar novidades.
No sítio do costume, sentada no seu caixote, está a Manuela. Bem!! O caminho que fizemos desde o primeiro encontro até agora:
- Olá!!! Tá boa?! - uai, a festa que é. Sabe bem.
- Então Manela! Tudo bem? Novidades?
- Ah. Nada de novo. Mataram um gajo ali no café.
Esbugalho os olhos.
- Pois é - continua - um casal a discutir, um que se mete, leva com o "entre marido e mulher", vem para a porta fumar um cigarro e cerveja na mão. Quando o outro passa, corta-lhe a garganta. Ainda chamámos o INEM, mas já não havia nada a fazer. Morreu. O outro anda aí. Agora só vou para a casa [que fica por ali] quando o meu marido me telefonar. Chego e ele está à janela [o seu protector. as pessoas são estranhas. a Manela adora o homem, que vive com o dinheiro que ela faz na prostituição].
Nisto chega a "Fátima": "Hey!!" O abraço. "I havent seen you? Everything´s good?" - pergunta-me. Adoro a "Fátima". Só fala inglês. A Manela não fala inglês. Ficam ambas encostadas à parede, viradas para mim em triangulo. Uns 3 metros uma da outra. Mas fiz de ponte, ainda nos rimos.
Liga o marido da Manela - já volto [isso, vai para casa descansar. foi a primeira mulher que entrevistei na rua, tenho-a por especial].
Estas duas já são ritual. Em trabalho ou não, passo e páro. Quero saber delas. A "Fátima" vai fazer uma praça fora do país. Já lá esteve. "If you have papers it´s ok". Depois volta. Sinceramente? Ainda bem. Aqui está melhor. Penso eu.
Está na hora da ronda. A "Fátima" fica ali, eu sigo para o ponto de encontro. Mais tarde volto a encontra-la, mas é só "here´s condoms".
A noite estava fraca. Sentimos isso. Mesmo assim, contei 28 mulheres.
Entre as frases da noite, registei:
- Chulo? O meu filho é o meu chulo, mais ninguém, nunca. Queres falar com o meu chulo? Amanhã, mas mais cedo - que a esta hora já está a dormir.
- As putas vão. As prostitutas ficam encostadas à parede e escolhem-nos. Pensam que mandam? Não.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

queria ver como era um bar de alterne

Bares de alterne. Casas de passe. Bares de meninas. Casas de putas. Estas expressões têm-me acompanhado desde que iniciei a pesquisa sobre tráfico de pessoas/prostituição/trabalho sexual.
Mas com as dificuldades inerentes, diria mesmo handicaps, relacionadas com género, pensei não ser muito possível. Afinal tenho esta falha, que é ter nascido mulher. Uma mulher, que não frequente o ramo, é estranha.
E claro que quando nunca se conheceu os sítios, desconhece-se os códigos. Os códigos são tudo: desde a postura com que se está, à expressão, à linguagem, os comportamentos e apropriação do espaço.

Passei o dia inquieta, a pensar - veja-se bem! - na roupa que ia vestir! Tremenda futilidade, não é? Mas será mesmo? Quando se está a pensar: como entrar, não ser barrada, sóbria para não haver dúvidas nem competições ou sentimentos de arrogância. E discreta para não ser incomodada. Lamento. Não gosto de ser incomodada.

Claro que seria tranquilo. Ia com um colega, homem, ainda por cima GNR.
De qualquer modo, o desconhecido é sempre assustador. Um assustador bom. O coração dispara. Pára-se de respirar e salta-se para o abismo.

Optei por uma camisa preta de manga curta, calças de ganga, botas pretas. Mais simples impossível.

E lá fomos. Para a zona de Sintra. E quando chegamos a Sintra, para onde é que vamos? Para o posto da GNR.
Subimos as escadas, estão 3 GNRs à porta.
- Boa noite. Queremos saber que casas de alterne conhecem nesta zona?
Reacção imeadiata dos 3: passar os olhos do Luís para mim! (absolutamente: "wtf!" muito divertido!)
Identificamo-nos. A expressão deles muda para: "Ah. Assim faz sentido".
Chamam um colega. Só se vai fardar, já vem falar connosco.
- Há um mais duro, mas não aconselho a irem lá.
Pergunta óbvia: porquê?
Faz sinal para chegarmos para o lado: está sob investigação.
("Perfeito! É mesmo isto!" - pensamos os dois). Indica mais dois, mais próximos de Sintra, da vila bem entendido.
- Vamos à vossa frente.
(O quê? A polícia vai a indicar o caminho?!? Mas assim somos logo topados). "Não, combinamos um sinal. Quando chegarmos, metam os quatro piscas".
- Além disso, não há como enganar. As casa têm todas uma luz vermelha à porta.

E lá vamos: um carro de patrulha da GNR e nós atrás.

Em 3, entrámos em 2 (os mais sossegados. 1 deles estava fechado). Fora a reacção inicial, quando nos abriram a porta (olhos postos em mim, óbvio), nada de muito extraordinário. Bares de bairro, onde toda a gente se conhece. Eramos aliás os únicos estranhos. "Pensam de certeza que somos da polícia".
É preciso dizer que o Luís faz vista, portanto ainda apanhei um grupo das mulheres - maioritariamente brasileiras de facto - a olhar para mim de lado (o único jeitoso acompanhado, "já vi que dali não vem nada").
Fora isso, tudo tranquilo e ainda nos ofereceram um rebuçado a cada um ao fim da noite. "Deve ser para adoçar".

Estive em bares normais. Sem reservados. Meia luz. Música afro e brasileira. Com mulheres menos vestidas que eu (aliás, a primeira sensação que tive quando entrei no primeiro foi precisamente: estou demasiado vestida). Com pouquíssimos clientes. A noite está fraca. E tudo "em casa", toda a gente se conhece, toda a gente se cumprimenta.
E confere que as pessoas vão aos bares para tomarem mesmo um copo, estar na conversa, porventura uns beijinhos nas mesas mais escuras e uns passsos de dança. Em suma, o que vi desmistificou muito a imagem pré concebida que tinha.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Invisibilidade Trans

SPOT SOBRE VISIBILIDAD TRANS (2011) from Irlanda Tambascio on Vimeo.

1. Ideias e fontes e histórias

Cruzar ditos, que são ideias, de fontes diferentes. Coisas que são ditas acerca dum tema, atendendo a todo o conteúdo: quem o diz, como diz, que postura corporal assume ao dizer. Onde ocorre a cena. E depois, se houver forma de obter mais informação e opinião acerca do tema e da fonte, construir a história.

DEBTOCRACY

Debtocracy, o verdadeiro sistema em que vivemos...Já era tempo de se inventar qualquer coisa melhor. as ideias existem. basta pô-las em prática. será tão dificil?

ou será que tal jamais será possível enquanto alguns senhores do mundo, ou senhores da guerra, como preferirem, não forem abatidos?

Porque raio é que havemos tod@s de viver sob a "divída", enquanto de facto uns engordam e a maioria emagrece?

Ou será que estamos verdadeiramente a viver o colapso do capitalismo?

"For the first time in Greece a documentary produced by the audience. "Debtocracy" seeks the causes of the debt crisis and proposes solutions, hidden by the government and the dominant media".

Um filme a ver: http://www.youtube.com/watch?v=qKpxPo-lInk

domingo, 10 de julho de 2011

cultura

"sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro" (Albert Camus).

Independente

O primeiro bebé a nascer na República do Sudão do Sul chama-se Independente.

http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/article697703.ece

domingo, 3 de julho de 2011

anonimato

"Por favor, por favor, não diga quem eu sou! Retiram-me os meus filhos se sabem que ando nesta vida...!"

indiferenças

Não sei bem o que doi mais: se a indiferença, se a sua ausência.

Alguém me dizia há uns dias: "se alguém cair na rua agora, haverá alguém que ajude?" Provavelmente não.
São poucas as pessoas capazes de ver em volta, para além do seu próprio "espaço vital", passo a expressão, para olhar olhos nos olhos o próximo.
Só pode ser essa a causa da opção de não ajudar alguém que cai à nossa frente; de não parar e ver que ali mesmo estão prostitutas, algumas mal tratadas; de não dar qualquer coisa a comer a alguém que o pede; de não intervir quando se assiste a uma agressão, seja em espaço público ou indoor.

Alguém me dizia há uns meses: "quando atingirmos a indiferença, atingimos o nosso objectivo". A indiferença à diferença, o direito a ser diferente, era esse o teor da conversa.
É curioso como, por exemplo, o movimento homosexual atingiu alguns objectivos, e o direito a alguns direitos que lhes estavam vedados (o direito à igualdade - finalmente expresso pela ONU este ano - e ao casamento, aqui por Portugal, no último ano). Mas por mais leis que passem [e ainda bem que passam, é só assim que os direitos humanos vão crescendo], os gays e as lésbicas continuam a não usufruir da ausência de indiferença.
E nem sequer falo do movimento LGBT, aos transexuais continuam e vão continuar a estar barrados simbolica e concretamente uma série de direitos fundametais, sintetizados num só: todos nascem iguais. A maioria das pessoas não pensa de facto assim.

Todos nascem livres e iguais, mas "não ocupem o meu espaço", "isso passa-se lá longe", "não me incomodem", "odeio paneleiros", "eu não tenha a ver com isso", "é melhor não me meter", "não me diz respeito".

Ingrid Vergara - Defensora de Direitos Humanos em risco

"Ingrid Vergara é a porta-voz do MOVICE - Movimiento Nacional de Víctimas de Crímenes del Estado, uma organização que luta pela justiça para os milhares de vítimas de raptos, execuções e outras violações dos direitos humanos no norte da Colômbia. Por este trabalho, Ingrid Vergara e sua filha têm recebido constantes ameaças de morte por parte das forças paramilitares do seu país.

Para assinar a petição que exige que o governo colombiano julgue os responsáveis pelas ameaças, ataques e outras violações, garanta a protecção de Ingrid Vergara e a sua família e reconheça o MOVICE como um movimento essencial para bem do país":

http://www.amnistia-internacional.pt/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=40&sf_pid=a077000000Fc5koAAB

Filmmaker Sentenced to Six Years in Prison. Take Action.

"Jafar Panahi is an internationally celebrated film director who won the coveted "Golden Lion" prize at the Venice Film Festival for his 2000 film Dayareh ("Circle").
Panahi has been sentenced to six years in prison plus a twenty-year ban on all his artistic activities—including film making, writing scripts, traveling abroad and speaking with media.

Panahi was convicted of "propaganda against the state" for having exercised his right to peaceful freedom of expression through his film-making and political activism. He was specifically accused of making an anti-government film without permission and inciting opposition protests after the disputed 2009 presidential election. Panahi's artistic collaborator, Mohammad Rasoulof, was also sentenced to six years in prison. Panahi is not currently in detention but could be forced to report to prison at any time".

http://www.amnestyusa.org/our-work/cases/iran-jafar-panahi

standing up for freedoom

http://www.youtube.com/watch?v=xUasBLC_ICI&feature=related

Shine a light on human rights

http://youtu.be/qXvKE_sHnu8

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Pesadelos reais

O telefone toca:
- Olá. Que querem?
- Olá. Queremos carne fresca. Há?
- Hm. Haver há. Mas não está disposta...Vai ter de ser forçada. Querem?
- Claro. Diz-lhe que é só para nos fazer companhia. Pagamos.

Ela acedeu fazer companhia. Nada de sexo, é esse o compromisso.

Acaba por ser violada. Não lhe pagam. E é abandonada no meio do descampado.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

the story of human rights

the story of human rights, by humanrights.org:

http://youtu.be/oh3BbLk5UIQ

Amén!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

ah ocidente

ocidente. ah ocidente. que civilização. somos mais que os outros, pois! criámos a carta universal dos direitos humanos. há outras formas de conceber o indivíduo, mas a nós interessa-nos o sujeito per si. todas as outras formas de pensar o sujeito que envolvam solidariedades não entram no nosso sistema de pensamento. é demasiado complicado pensar que uma pessoa não é apenas essa pessoa, mas é também a sua familia nuclear, e extensa, e a comunidade onde vive, ou mesmo os outros seres que vivem com essa pessoa.
não. para nós, "eu" sou só mesmo "eu". simples.
além disso, além do hino constante ao individualismo, criámos ainda um sistema societário complexo: vivemos do medo, da ideia de obedecer e consumir.
o que será que aconteceria se eliminássemos esses 4 conceitos: o "Eu só eu", o "medo", a "obediência" e o "consumismo"?

terça-feira, 17 de maio de 2011

"Aumentam casos de mulheres que se prostituem para sustentar filhos"

Diz que "cada vez mais mulheres recorrem à prostituição para conseguir sustentar os filhos. Desempregadas ou com trabalhos mal pagos, aceitam vender o corpo para manter a vida que tinham antes de o companheiro as abandonar".
Quem notou o fenómeno foi o Ninho, em entrevista ao Público.

In: http://www.publico.pt/Sociedade/aumentam-casos-de-mulheres-que-se-prostituem-para-sustentar-filhos_1494217

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Carta Aberta - O MOVIMENTO SINDICAL E O TRABALHO SEXUAL EM TEMPO DE CRISE

Carta Aberta - O MOVIMENTO SINDICAL E O TRABALHO SEXUAL EM TEMPO DE CRISE, pelas Panteras Rosa. Novamente, um texto que subscrevo na íntegra. Parabéns Panteras, pela inciativa.

Ver Carta Aberta em:

http://panterasrosa.blogspot.com/

domingo, 1 de maio de 2011

Sobre a tomada de posição da CGTP contra direitos sociais para quem presta serviços sexuais

"Sobre a tomada de posição da CGTP contra direitos sociais para quem presta serviços sexuais", por Sérgio Vitorino, texto que subscrevo na íntegra:


http://5dias.net/2011/05/01/sobre-a-tomada-de-posicao-da-cgtp-contra-direitos-sociais-para-quem-presta-servicos-sexuais/

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Paying For It

"Chester Brown is no shy guy. Even though the slight and soft-spoken cartoonist admits to having difficulty talking up girls, his catalogue of raunchy and political comics reveals a loud, confessional and political artist pushing the pen.
Brown, the author of the highly acclaimed biography Louis Riel, is returning from an almost decade-long hiatus to premiere his widely anticipated graphic novel about sex work, Paying For It. The book, to be released in May by Montreal’s Drawn & Quarterly press, is an autobiographical account of Chester’s experience employing prostitutes after his breakup with actor and director Sook-Yin Lee in 1996.

“I had just gotten disillusioned with the whole romantic-life game. For a while I wasn’t sure what I was going to do as far as sex was concerned. I knew I didn’t want a girlfriend, and I really didn’t have the social skills to just pick up women. I was celibate for a couple years, and then I was like, ‘Why not pay for it?’” says Chester, whose book details, at something of a distance, a variety of encounters with sex workers over the course of the last decade. The book also includes a couple dozen pages of Chester’s notes arguing for the decriminalization of sex work".

http://www.xtra.ca/public/Toronto/Chester_Brown_brings_us_a_johns_story-10048.aspx

Inquérito sobre Prostituição no Portal da Segurança

No Portal de Segurança, da responsabilidade do governo português, está a decorrer um inquérito sobre se "a legalização da prostituição aumenta o número de casos de tráfico sexual?"

Curiosíssimo.
Até agora as respostas mostram que 45% das pessoas não concorda; 30% não concorda parcialmente; 15% concorda parcialmente; e finalmente 10% concorda totalmente.

http://www.portalseguranca.gov.pt/index.php?option=com_content&view=section&layout=categorymaiblog&id=37&idh=350&Itemid=291

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Banco de Bens Doados

"Lutamos contra o desperdício. Aproveitamos onde sobra, para distribuir onde falta".

Confesso que não conhecia o Banco de Bens Doados até há escassos minutos.

http://www.bancodebensdoados.pt/index.php

terça-feira, 19 de abril de 2011

as "legitimidades" do trabalho sexual/prostituição



É legitimo uma pessoa prostituír-se para "sustentar a família e os filhos"?
Já não é tão legitimo uma pessoa prostituír-se para "se sustentar a si", para luxos ou vicios?
Ou a única legitimidade da prostituição baseia-se na coacção? Só é legitimo uma pessoa prostituir-se "porque foi posta na rua à força"?
A legitimidade das coisas só se prende com moralidade?

(Imagem retirada de:
http://www.brasilescola.com/upload/vestibular/e5aa2c84f42c3047193f4cae8d6c0a5b.jpg)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sex Work Unveiled

Seminário "Sex Work Unveiled", Departamento de Sociologia, Faculdade Ciências Sociais e Humanas, Universidade de Macau, 8.4.2011 http://isw.umac.mo/nrs/faces/pub/viewItem.jspx?id=16168

domingo, 3 de abril de 2011

Ajude a salvar Iman al-Obeidi

"Sábado passado uma jovem advogada chamada Iman al-Obeidi entrou em um hotel em Tripoli pedindo ajuda aos jornalistas estrangeiros. Mostrando hematomas e chorando, ela dizia que ela tinha acabado de ser estuprada por 15 homens do Kadafi. Ela gritava enquanto era arrastada por officias da Líbia e não foi vista depois disso". http://www.avaaz.org/po/free_iman_al_obeidi/?copy

quinta-feira, 31 de março de 2011

Uma história nunca é completamente contada

"Uma história nunca é completamente contada. Não há um princípio, meio e fim. E as pessoas não contam assim a sua história, muito menos quando ela é complicada e tem implicações. Por isso, há pequenos fragmentos que vão sendo desabafados. E que muitas vezes podem ser reformulados, quando são contados numa vez seguinte. Podem não coincidir com a primeira versão".


Este é um excerto entrevista a uma ONG, que presta apoio a prostitutas de rua, 50% portuguesas e 50% imigrantes. A pergunta era concretamente sobre as nigerianas. Se coloco aqui este apontamento, é porque sinto, na esmagadora maioria dos casos (para não dizer todos), exactamente o mesmo.


Mas como é que elas podem confiar em mim, se eu própria sinto uma certa desconfiança nas histórias que me contam: posições demasiado fervorosas a favor da regulamentação da prostituição, mas o medo absoluto em "dar a cara para a causa" e a frase ritual "estou farta disto! quero sair desta vida" ou "se pudesse saia daqui"; ou uma mulher que está com o grupo das nigerianas, fala pidgin, e diz-me que veio da Jamaica para Portugal "por acaso"... As histórias dos percursos das pessoas são vividas, construídas, contadas e partilhadas como se fossem lego.

terça-feira, 29 de março de 2011

CNN Freedoom Project

Mira Sorvino fala sobre tráfico de pessoas: http://thecnnfreedomproject.blogs.cnn.com/2011/03/29/mira-sorvinos-fight-human-trafficking/

A histeria do tráfico e o não debate

Quem se preocupa com tráfico de pessoas é um heroi. Quem é dissidente deste discurso (toda a prostituição é tráfico e violência e alguém - o traficante - deve ser perseguido e punido) é atacado. Foi o que aconteceu com Laura Agustín num debate da BBC, acerca do qual a Laura fala em: http://www.huffingtonpost.com/david-henry-sterry/trafficking-the-bbc-the-n_b_803593.html

PORTUGAL: Cinco por cento dos trabalhadores sexuais infectados com HIV

Primeiras notícias de um projecto em cuja recolha de dados estive envolvida, o projecto PREVIH: http://redevihsida.wordpress.com/2011/03/28/portugal-cinco-por-cento-dos-trabalhadores-sexuais-infectados-com-hiv/

sexta-feira, 11 de março de 2011

Fuga: Brasileiras estão a sair de Portugal e a mudar-se para outros países europeus

Prostitutas fogem da crise:

«...esta jovem gostava era de ver a prostituição legalizada em Portugal. "Gostava de que as garotas de programa pudessem pagar impostos e que houvesse fiscalização adequada", salienta a imigrante, destacando que isso facilitaria a vida a toda a gente, sobretudo em tempos de crise. "Os clientes teriam a garantia do nosso controlo sanitário e o Estado angariava receita através dos nossos impostos", diz a jovem».

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/prostitutas-fogem-da-crise-202034923

quarta-feira, 9 de março de 2011

Daniel Craig, 007 cross dresses to support equality




Video made by We Are Equals to celebrate International Women's Day.

domingo, 6 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

Deal of the Decade - MTV Exit

Deal of The Decade ">

«Prostitution and human trafficking is a human rights problem»




A questão é que sim senhor, devemos falar de tráfico de pessoas. E de prostituição. Não é preciso confundir os 2 conceitos. São assuntos que porventura estão ligados. Mas o tráfico é muito mais que prostituição. E prostituição é muito mais do que tráfico. São assuntos distintos. Independendes. Devem ser discutidos em tempos diferentes. Com interlocutores diferentes.

Hoje ouvi uma expert, Katherine Chon, fundadora do Polaris Project (EUA), um projecto contra o TSH e a escravidão. Retive uma frase na conferência:

«Prostitution and human trafficking is a human rights problem».

O tráfico de pessoas é, segundo o Código Penal português (Lei 59/2007, de 4 de Setembro, artigo 160º):
quem oferecer, entregar, aliciar, aceitar, transportar, alojar ou acolher pessoa para fins de exploração sexual, exploração do trabalho ou extracção de órgãos:
a) por meio de violência, rapto ou ameaça grave;
b) através de ardil ou manobra fraudulenta;
c) com abuso de autoridade resultante de uma relação de dependência hierárquica, económica, de trabalho ou familiar;
d) aproveitando-se de incapacidade psíquica ou de situação de especial vulnerabilidade da vítima; ou
e) mediante a obtenção do consentimento da pessoa que tem o controlo sobre a vítima; é punido com pena de prisão de três a dez anos.

A prostituição não está regulamentada e está mesmo em frente aos nossos olhos. Há problemas no mundo da prostituição. Como me disse a Sandra, apesar de ser a favor da legalização da prostituição (como muitas mulheres trabalhadoras do sexo, vulgo prostitutas), “com lucro para o Estado", esta é “uma etapa da vida que as mulheres querem apagar”.

O lenocínio é:
1 — Quem, profissionalmente ou com intenção lucrativa, fomentar, favorecer ou facilitar o exercício por outra pessoa de prostituição é punido com pena de prisão de seis meses a cinco anos.
2 — Se o agente cometer o crime previsto no número anterior:
a) Por meio de violência ou ameaça grave;
b) Através de ardil ou manobra fraudulenta;
c) Com abuso de autoridade resultante de uma relação familiar, de tutela ou curatela, ou de dependência hierárquica, económica ou de trabalho; ou
d) Aproveitando -se de incapacidade psíquica ou de situação de especial vulnerabilidade da vítima; é punido com pena de prisão de um a oito anos.

Se estivermos atentos, vemos homens dentro de carros a controlar (ou a proteger, como já ouvi?) as mulheres que se estão a prostituir.
Se pararmos para conversar ouvimos:
- Ao princípio era, ficava-me com o dinheiro [o companheiro], mas depois abri os olhos. Filho para sustentar, casa para pagar.
Ouvimos:
- Isso já não sei. Se for legal, muita pessoa há-de vir. Olhe, eu estive um ano fora, estava farta, mas depois optei por vir para aqui outra vez, ganhava 300 euros nas limpezas, não dava. Era para os vícios também, o tabaquinho, etc. Mas para legalizar era nos apartamentos, que na rua é mau.
E também:
- Entrei com 19 anos. Nunca tive carinho de ninguém. Mais tarde conheci um homem que me maltratava, o pai dos meus filhos. Tive 2 filhos. Um deles morreu com a droga na prisão. O outro vive no Algarve. Vive bem. Foi o pai dos meus filhos que me meteu na rua, no Intendente. Fiz queixa dele e foi preso, por fugir à tropa, preso por me bater...até me queria vender os filhos.
Ou ainda:
- Conheci outro senhor, que queria o dinheiro para a droga...Somos muito maltratadas pelos homens nesta vida
Mas também ouvimos:
- A prostituição vicia. Uma pessoa vicia-se. Ganha-se muito, é viciante.
Ou então:
- As miúdas que vêm, pelas drogas, era importante virem já com formação. E não terem homens, que já só querem é viver à custa delas. E elas caem nisso.
E mais:
- [Sobre problemas com clientes] Com um…Ele queria forçar. Eu grávida. No carro, ali no Parque. Consegui fugir. Até foi um homem que me foi buscar ao carro, que eu pus-me aos berros. Era um outro cliente, que ouviu, estava ali, e foi ter comigo. Não fiz queixa. Não consegui ficar com a matrícula.
- Outra vez foi com uma faca, para roubar, dentro do carro.
Ou mesmo:
- Agora começa o carnaval, começam as brincadeiras parvas, passam e mandam com coisas.

As trabalhadoras do sexo passam por violências tremendas. A maior delas todas é a invisibilidade de que padecem. Como um OPC (Órgão Polícia Criminal) me dizia:
- Acho que as pessoas fecham um bocado os olhos. É quase como se estivesse ali uma árvore. Para muita gente, estar ali uma prostituta ou uma árvore no Técnico é igual. Já é tão banal.

E ninguém liga. E quando estas mulheres (e homens, que também os há, embora não na rua, e trans) forem velhas não terão direito a reforma: "porque nunca trabalharam na vida". É justo?

Porque não apoiar as trabalhadoras do sexo que trabalham nessa área porque assim optaram?
Porque não assistir as trabalhadoras do sexo que trabalham nessa área contra sua vontade, mesmo que não tenham sido traficadas? Todos merecemos uma hipotese para mudar de vida.
Porque não tratar as prostitutas como pessoas iguais a todas as outras? E com esse sentido de igualdade criar as cumplicidades e a confiança necessária para todos estejamos atentos a casos de potenciais vítimas de tráfico? Na área do tráfico para exploração sexual, haverá melhor fonte? Melhor aliado?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Prémio Nobel da Paz é demitido do próprio banco?!?

Prémio Nobel da Paz é demitido do próprio banco?!

http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1133836.html

Visão sobre Tráfico de Seres Humanos

"Pessoalmente acho que o tráfico é problemático. Mas mais problemático é depois toda a criminalidade conexa ao tráfico.

Ou seja, o tráfico acaba por ser grave, mas é depois também por tudo o que anda à volta. Não é só o tráfico em si, que já é suficiente mau. Mas imaginemos a questão laboral, para não estar sempre a falar questão sexual. As pessoas são levadas por vezes para um país estrangeiro, onde não têm qualquer tipo de raízes, estão totalmente desamparadas. Se for preciso, metem-lhes umas correntes nos pés.

E é público, às vezes saem essas notícias de trabalhadores portugueses que vão para o estrangeiro sob promessas. E depois têm o tratamento mais desumano possível. E para mim isso é que é grave. Já é grave o suficiente as pessoas serem retiradas. Mas depois é tudo à volta, ao que são sujeitas, são drogadas, batem-lhes. Se são drogadas significa que aquilo alimenta o crime do tráfico de droga.

Ou então agarram nas pessoas e levam-nas a cometer contra a vontade delas, ou até se calhar, na maior parte são pessoas íntegras, mas têm medo, levam-nas a cometer crimes.

Acho que o tráfico, na minha óptica, a minha perspectiva pessoal, tem que se ver enquanto conjunto.

(...) Mas é tudo o que está à volta, tudo o que o tráfico alimenta, crimes de furto, crimes de droga, crime de lenocínio, isso sim, isso é problemático"

(excerto de uma entrevista a OCP - Órgão de Polícia Criminal)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Reportagem Sexo e a Verdade

Reportagem acerca de trabalho sexual comercial, em Portugal.
"Linha da frente", RTP:

http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/linhadafrente/?k=1-parte-do-Linha-da-Frente-de-2011-02-23.rtp&post=14272

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mitos urbanos



Em Portugal,
- Mitos urbanos?
- Completamente! Quer dizer, qualquer transplante de um órgão implica necessariamente uma série de circunstâncias médicas para que o órgão de facto possa ver aproveitado. Portanto, aquilo de cortar a meio, tirar, está a andar, acordou com as cicatrizes, quer dizer…Isso de facto é um bocadinho romance imbecil. Mas pronto. Que traz de facto aqueles mitos urbanos, que eu não sei bem o que é que os provoca...Se é medo, se é vontade de drama, não sei o que é que provoca...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

agressores e coisas

As coisas devem ser chamadas pelos nomes. E um agressor - alguém que tenha agredido ou agrida a mulher ou o marido, a namorada ou o namorado, os filhos, os pais ou alguém desconhecido - perde o direito a ter nome próprio. Passa a ser uma coisa, uma categoria, um conjunto de pessoas com os mesmos comportamentos anti-humanos. Chama-se pelo que é simplesmente: agressor.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

apontamentos sobre trabalho de campo

Diz-se que o "trabalho de campo" é um ritual de passagem obrigatório na formação de um antropólogo e que a "intimidade", a "convivência" com as pessoas, a "imersão" noutra cultura" são os meios que compõem esse ritual.

O que é que é mesmo uma etnografia? Há quem defenda que é "observação participante, preferivelmente num grupo social de dimensões reduzidas bem diferente daquele ao qual pertence o investigador", que "estudado durante um ano ou mais, em cada detalhe de sua vida e cultura, por meio do contato pessoal com cada membro da comunidade e com conhecimento do idioma", e que tal é "o marco da antropologia social/cultural" (Stocking 1992, 16). Fazer como se não estivessemos lá, como se fossemos olhos que estão ali, mas noutra dimensão que não a observada, "como se o etnógrafo não estivesse lá". O problema é que "o ideal de "observação" defendido por Malinowski talvez tenha algo além da pretensão desmesurada e ilusória que o levava a achar que o etnógrafo poderia ver tudo". Não pode.

O etnografo deve apresentar a "autoridade etnográfica de suas ficções". O "trabalho de campo" deveria produzir uma "visão autêntica da vida". Mas a "sinceridade metodológica" implica dar conta das dificuldades, dos medos, dos contratempos, dos retrocessos, dos fracassos, e resulta (invariavelmente?) no reconhecimento que, apesar de tudo,""lá" e "aqui" estão mais próximos e implicados".

Só faz sentido observar polémicas, onde intervêm uma série de agentes sociais, "como um momento de expressão e redefinição de pontos e problemas, os quais permanecem importantes, às vezes até cruciais, na constituição de uma sociedade, mesmo quando não despertam interesse generalizado ou intenso". Isto porque "a controvérsia é uma espécie de drama social, que revela mas também reconfigura definições de realidade, explicitando o conflito que existe em torno dessas definições". São as polémicas que constroem "realidades".E estas são criadas mais vezes do que seria suposto por "discursos".

Apontamentos retirados de:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092002000100007&script=sci_arttext&tlng=in

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Domestic violence



Actress Keira Knightley is seen suffering a brutal assault in a new advertisement highlighting the issue of domestic violence.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Operação Roadbook

"Operação de Combate ao Tráficos de Seres Humanos faz 12 detenções
Rede Investigada pelo SEF em diversas localidades dos distritos de Aveiro e Faro

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) levou a cabo em diversas localidades dos distritos de Aveiro e Faro uma operação de grande envergadura no âmbito de uma investigação sedeada no Algarve sobre tráfico de seres humanos direccionado para a exploração sexual de rua de jovens do género feminino.

A operação, iniciada na madrugada de segunda-feira, 7 de Fevereiro, foi o culminar de uma investigação do SEF sob coordenação do DIAP de Évora, e teve como objectivo a execução de diversos mandados judiciais, de detenção de suspeitos e de busca visando a apreensão de objectos e documentos para produção de prova.

A rede de tráfico de seres humanos investigada pelo SEF era constituída por indivíduos de ambos os géneros originários do mesmo Estado-membro da União Europeia, dos quais 12 vieram a ser detidos e constituídos arguidos, todos do género masculino, encontrando-se neste momento no Tribunal de Albufeira a fim de serem submetidos a interrogatório judicial e sujeitos a aplicação de medidas de coacção. Foram ainda constituídos como arguidos no processo outros 3 suspeitos que não foram detidos.

Durante a operação foram identificadas em situação de exploração cerca de 30 mulheres, presumíveis vítimas do crime de tráfico de pessoas, tendo sido efectuadas 8 buscas domiciliárias e 11 buscas em viaturas, algumas das quais vieram a ser apreendidas juntamente com uma arma de fogo, dinheiro em numerário e diverso equipamento de telecomunicações.

O modus operandi desta rede passava pela utilização de dezenas de jovens mulheres, algumas menores de idade, que exploravam mediante aplicação de forma muito violenta de coacção física e psicológica, incluindo a administração forçada de material estupefaciente. Acresce que as vítimas eram constantemente transferidas dos locais onde se prostituíam, quer em território nacional, quer para outros Estados-membros da UE, sendo negociadas e regularmente vendidas entre os chefes de diferentes redes de tráfico de seres humanos que se encontram a operar com este esquema no espaço da UE, dificultando deste modo qualquer tipo de actividade das autoridades judiciais e policiais e, em última análise, a própria investigação criminal. Para além de Portugal, esta rede e outras actuam igualmente em Espanha, Itália, Reino Unido e Alemanha, cujas autoridades cooperam e trocam informação com o SEF, com intervenção da EUROPOL.

A investigação do SEF vai prosseguir sob coordenação do DIAP de Évora e abrange os crimes de tráfico de pessoas – no caso concreto visando a exploração sexual –, lenocínio, furto qualificado, roubo, falsificação de documentos e extorsão.

Na operação – a que foi atribuído o nome de código “Roadbook” – estiveram envolvidos 70 operacionais do SEF, distribuídos entre Aveiro e Faro, que contaram com a colaboração no terreno de 7 binómios da GNR, em ambas localidades, e ainda 31 militares do Pelotão de Intervenção em Aveiro".


http://www.sef.pt/portal/v10/PT/aspx/noticias/Noticias_Detalhe.aspx?id_linha=5854

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

43 mulheres foram mortas em Portugal em 2010, vítimas de violência doméstica

«Pelo menos nove das 43 mulheres assassinadas no ano passado num quadro de violência doméstica já tinham apresentado queixa. E 29 ainda mantinham uma relação amorosa com o agressor (namorado, companheiro, marido ou amante), a par de oito que já a tinham terminado. A activista, e investigadora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, diagnostica: "A mesma sociedade que lhes diz para virem cá para fora, não se organizou o suficiente para as proteger. Elas têm de vir cá para fora com muito cuidado"».

http://jornal.publico.pt/noticia/07-02-2011/43-mulheres-foram-mortas-em-portugal-em-2010-vitimas-de-violencia-domestica-21234840.htm?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+JornalPublico+%28P%C3%9ABLICO+-+Edi%C3%A7%C3%A3o+Impressa%29

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Inmigrantes como moscas

"Cada año unos 400.000 emigrantes centroamericanos intentan llegar a Estados Unidos, cruzando México. Viajan como moscas, sobre trenes de carga: No hay vuelos para los ilegales, ni futuro... En un punto de Veracruz, encuentran una pequeña esperanza: "Las patronas", unas mujeres valientes, les aguardan al pie de las vías para entregarles comida y bebida, tren en marcha, día a día durante los últimos 15 años. Este es el argumento del corto de la semana "El tren de las moscas" de Nieves Prieto Tassier y Fernando López Castillo. Una pieza que ha sido galardonada con el premio al mejor corto en el pasado Festival de Cine Político de Ronda".

http://www.elpais.com/videos/cultura/Inmigrantes/moscas/elpepucul/20110121elpepucul_1/Ves/




Campanha anti-tráfico humano em Israel

Loja de Israel põe mulheres à venda em capampanha contra o tráfico humano:

http://www.ypsilon2.com/blog/publicidade/loja-de-israel-poe-mulheres-a-venda-em-campanha-contra-o-trafico-humano/

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Rotas e ruas de Lisboa

Por onde ando, vagamente...























quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Sónia

Conheci a Sónia no Martim Moniz. É amiga da Cláudia, que me apresentou logo quando a fui cumprimentar e explicou o que eu andava a fazer, ou re explicou:
- Já tinha falado de si.

A Sónia tem 44 anos, é natural de Lisboa e está “desde os 19 anos na prostituição”.
- Fui criada com muito dinheiro e sempre tive tudo! Não me faltava nada. Acho que isso foi um dos motivos principais [para a entrada no trabalho do sexo]. E depois, porque o meu ex-marido tinha umas mulheres na noite. E eu, para fazer pirraça, meti-me numa agência de acompanhantes. Estive 3 dias sem ir a casa. Ele não disse nada. Não me tocou. Nunca tive problemas desses.

A Sónia é uma das pessoas mais interessantes que tenho vindo a entrevistar. E é a prova viva de que nem tudo é linear, que a realidade não é preta ou branca, que as decisões que tomamos são fruto dos mais variados motivos. E todos são válidos, quando a decisão sobre a nossa vida é tomada em consciência.
A Sónia não é explorada, é a favor da legalização da prostituição, escolheu a vida que tem, e lida muito bem com ela, pelo menos segundo diz. E a mim, como ouvinte, cabe-me acreditar nela.

Não merece também o reconhecimento do seu trabalho, ainda por cima quando assim advoga e pretende?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Há apenas 10 anos atrás...

Ouvi em conversa:

"E algumas raparigas estavam na prostituição de certo modo incitadas pelas…algumas levadas até pelas próprias mães". Isto há apenas 10 anos atrás, aqui em Lisboa.

Que medo de "alturas de crise"...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Anúncio Português Censurado

"...faz parte da nossa herança cultural, dos nossos costumes. Deixar de o fazer é renegar o nosso passado, à nossa história..."?! Ou é evoluir?!

O Teste Do Barulho

O Ricardo Falcão, um bom amigo, chamou-me a atenção para este spot, que faz pelo menos pensar até onde vai a cobardia do que se chama "pessoas":