segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Como é o interior de um centro de detenção de migrantes?

http://terreerrance.wordpress.com/2009/09/12/grece-video-du-centre-de-retention-de-lesvos/

Ver para crer

domingo, 13 de setembro de 2009

E-Queixas

Agora é possível fazer uma e-queixa num dos sites das nossas forças de segurança. Mas não pode ser anónima. É curioso. Porque as gamas de queixas possiveis são várias. Imaginando que tinha uma queixa de tráfico de pessoas teria dar os meus dados pessoais - se os traficantes são mesmo aqueles tipos maus e criminosos obscuros porque é que eu haveria de querer dar os meus dados? Acontece que eu sou portuguesa, nascida e criada. E se uma pessoa estiver ilegal e quiser apresentar uma queixa por, imaginemos, tráfico de seres humanos? Não pode. Tem de apresentar os documentos.
A queixa por qualquer destes crimes pode, por lei, ser anónima. Um familiar, um amigo, um colega, um vizinho, um conhecido que tenha conhecimento de uma situação de crime pode e deve fazer uma queixa. Mas para tal, tem de fazer um telefonema, não pode recorrer a este serviço das e-queixas. É, pelo menos, curioso. É uma excelente forma de não incentivar as queixas, parece-me.
Para os casos de violência doméstica liga-se para o número de emergência social, o 144. As senhoras são simpáticas, mas estes telefonemas servem apenas para nos dar informação sobre as várias organizações que lidam com a violêcia doméstica (a APAV e a CIG) e as entidades de segurança (a PSP) do distrito de residência.
Em caso de flagrante delito, é ligar para a PSP (e rezar para que cheguem depressa). Só assim é que a queixa - que pode ser anónima, tal como o contacto com o 144 - fica registada. O contacto com a Linha de Emergencia Social serve apenas para sinalização. Isto é, se fizer hoje um telefonema para eles, eles registam e publicam os seus dados estatísticos nos relatórios de segurança do ano que vem, que por sua vez são utilizados pelos relatórios das ONGS. O telefonema para o 144 não serve como queixa. Os técnicos do 144 não entram logo em contacto com a PSP ou qualquer outra força policial para investigar o caso.
Mas o pior é que se eu tivesse uma queixa para fazer de violência doméstica e abuso de menores, dar-me-iam os contactos da Comissão de menores e das ONGS que têm casas abrigo: a mulher vítima tem de sair de casa, "para sua segurança", recambiada para um abrigo. O agressor fica confortavelmente em casa. E a criança é, por sua vez retirada à mãe, para estudo de caso.
Há qualquer coisa que não bate certo...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Em nome das nossas seguranças...



Será que, em nome das nossas seguranças, é legítimo eliminar as nossas liberdades?
«Sob o tema agora corrente – tema aliás relativamente recente, segundo o qual o poder tem o encargo de defender a sociedade – devemos ou não entender que a sociedade, na sua estrutura política, está organizada de modo a que uns possam defender-se contra outros, ou defender a sua dominação contra a revolta dos outros, ou, ainda simplesmente, defender a sua vitória e perenizá-la na subjugação?» (Foucault, M., 2006, É preciso defender a sociedade, Lx: Livros do Brasil:33)

Human Rights Defence



Ver para crer. Querer é poder.

terça-feira, 5 de maio de 2009

"Mankind Is No Island" - Olhar o mundo por um telémovel

Filme vencedor do Tropfest NY 2008, "Mankind Is No Island" de Jason van Genderen.

Foi um filme totalmente filmado através de um telemovel.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pensamentos...

(...)
Assim, a dicotomia entre bem e mal parece ser essencial para a existência e convivência do indivíduo moderno, para justificar os seus grandiosos feitos ou as suas mais amargas derrotas, continuando a legitimar o derramamento de sangue em nome da religião e do poder político e monetário.

As faces do mal existem onde o homem as cria, opondo-se ao bem, ao sagrado e aos interesses dos poderes vigentes. Deuses e/ou demónios são os homens que decidem, que criam e que conseguem influenciar outros a acreditar em algo por vezes é materialmente inexplicável, que conseguem criar guerras sem fundamentos e sair impunes, que conseguem formar uma opinião pública que lhes interesse, criando medos e superstições que são assimilados pelo comum dos indivíduos. De demónios e bruxas passamos a ter terroristas e armas de destruição maciça, provando que a existência do mal serviu e continua a servir para legitimar a existência e a necessidade do bem, pois só assim é possível dar-lhe significância, e estarem, como no diz Sagan “ao serviço de necessidades humanas” (2002:123). *
*Conclusão de um trabalho para a Unidade Curricular
Representações Culturais Pré-Modernas, Mestrado
em Comunicação, Cultura e Artes. Especialização em
Estudos Culturais
Darryl Domingos

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ser Humano

O ser humano é produto do tempo, da história, da localização, de globalismos e encontros – é um produto político. O ser humano é um ser político (na concepção, na vida de todos os dias, nas regras e nas excepções, em qualquer parte do mundo). Ser universalmente humano é uma ideia atraente, quem dita quem é humano é o político.É no campo da política que se cria e transforma ou reforma a ideia de ser humano. Mas a «política é a continuação da guerra», já dizia o Foucault.

sábado, 31 de janeiro de 2009

O poder da tua assinatura



Desengane-se quem pensa que não pode nunca fazer nada pelos direitos humanos. Só não faz quem não quer. A violência é um factor cultural. Mas a luta pelos direitos humanos é o seu contra-factor, cultural também. Creio ser obvio que as pessoas são inatamente violentas (senão, como se explica o que se passa no mundo, a sede de sangue e de guerra, os conflitos endémicos, constantes, os biliões da indústria da guerra).

Não resisto, e transcrevo uma passagem Dos Delitos e Das Penas (1766), de Cesare Beccaria (publicada pela Fundação Gulbenkian, 2007):

«Toda a pena que não deriva da absoluta necessidade - diz o grande Montesquieu - é tirânica. (...) E tanto mais justas são as penas quanto mais sagrada e inviolável é a segurança e maior a liberdade que o soberano garante aos seus súbditos. (...) Todas as penas que ultrapassam a necessidade de conservar esse vínculo são injustiças por natureza.» (Beccaria, 2007:65-66)

O problema hoje reside no facto do soberando ser muitas vezes o perpretador. Por isso mesmo, o "soberano" de Beccaria deve ser completado pela sociedade civil. Também a nós, meros cidadãos, cabe a defesa da segurança e liberdade dos nossos conterrâneos.

sábado, 24 de janeiro de 2009

O nosso Mundu





Todas as perguntas universais respondidas, ao som dos grandes Extrawelt: De onde vimos? O que somos? Como chegámos aqui? Para onde vamos?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009



A violência doméstica pode parecer um problema menor nos dias que correm, dadas as guerras que grassam pelo mundo, os 300 000 meninos soldado de África, o ressurgimento do vírus ébola no Congo,o genocídio de Darfur, a situação política de Myanmar, a fome, a Sida, os desaparecimentos forçados, a violência sofrida quotidianamente por imigrantes ilegais, o tráfico de pessoas, a discriminação contra homosexuais, idosos e mulheres em geral, o racismo...Mas não. A violência doméstica é a principal causa de morte imposta às mulheres no mundo inteiro. Em Portugal, as queixas têm vindo a aumentar, incluindo as respeitantes a homens. Em 2008, segundo os dados disponíveis, morreram 48 mulheres.

sábado, 17 de janeiro de 2009

2009!

Bom ano para os Mundus todos!

Como não podia deixar de ser, o novo ano começou bem: uma nova guerra na Faixa de Gaza!

Segundo os dados da Amnistia Internacional, contabilizam-se já um milhar de mortos palestinianos, sendo cerca de 400 deles civis. Há ainda a registar mais de uma dezena de baixas do lado Israelita. Números que aumentam a cada dia que passa e que são já os mais elevados das últimas quatro décadas de confrontos entre Israel e os grupos armados nos Territórios Palestinianos Ocupados!

Nada como um confrontozinho desta magnitude para nos sentirmos todos muito mais humanos!