domingo, 27 de outubro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
Princípio 0
o princípio é: se não for para mim, então também não pode ser para ti. se é para mim, também deve ser para ti.
a verdadeira liberdade é a igualdade.
a única forma de pensarmos e agirmos humanamente entre nós, uns de e para os outros, é com a proximidade. a proximidade permite ver o outro mesmo em frente, à nossa frente. é diferente do ser humano algures num continente distante.
a verdadeira liberdade é a igualdade.
a única forma de pensarmos e agirmos humanamente entre nós, uns de e para os outros, é com a proximidade. a proximidade permite ver o outro mesmo em frente, à nossa frente. é diferente do ser humano algures num continente distante.
sábado, 28 de setembro de 2013
Alto al Femicidio
O género mata. Ser mulher ainda é critério para ser morta. Mas morrer só porque se nasceu mulher é uma ofensa à espécie humana, uma confirmação da sociedade selvagem (não existem sociedades sofisticadas, menos ainda entre as que se auto-proclamam como tal, a merda é toda igual) e a demonstração da inferioridade das sociedades onde estes crimes (de género) ocorrem com demasiada frequência. O femicidio, como qualquer violência de género, é cancro social.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
"É difícil esquecer a primeira vez"
"é difícil esquecer a primeira vez", nova campanha da AMCV. contra a violência sobre as mulheres. porque já chega, porra!!
quinta-feira, 16 de maio de 2013
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Brevíssima - e nem por isso muito crítica - história sobre a prostituição
A prostituição é um mal da sociedade. Sempre foi. ... Será mesmo?
Em
Da Prostituição na Cidade de Lisboa[1]
(1984 [1941]), Francisco Cruz esclarece que a palavra “prostituta” é o
particípio passivo de prostitutas do
verbo prostituo, que significa:
Prostrar, entregar, pôr publicamente de venda,
mulher pública posta a ganho; é segundo as próprias expressões e linguagem da
nossa antiga legislação no tempo do Sr. D. Manuel, uma mulher que com o corpo ganha dinheiro
publicamente, não se negando aos que a ela quiserem ir fora da mancebia (Cruz,
1984: 49).
Neste
curioso texto, o autor refere que “a prostituição toca nas primeiras idades dos
povos do Globo. Pelos livros sagrados coligimos que existiam prostitutas no
tempo de Moisés e que elas se entregavam a todo o género de deboche para
satisfazerem as suas desordenadas e impudicas paixões ou com o fim dos lucros”
(Idem: 53; Pessoa, 2006). E não esqueçamos que a Bíblia afirma que não deve
haver “nem prostitutas, nem libertinos entre os filhos de Israel”[2] (Deuteronómico, 23: 17).
Todavia,
a história da prostituição apresenta extraordinárias contradições (Scrambler,
1997; Ditmore, 2006; Pessoa, 2006). Por exemplo, na Antiguidade, na Mesopotâmia
do II milénio a.C., a prostituta era representada binariamente como
puta/sacerdotisa e puta/deusa.
A Grande Deusa Innana, senhora do amor, da
fertilidade e da guerra, a mais importante deusa do panteão sumério (que mais
tarde se virá a chamar Ishtar) era ela própria identificada como
“prostituta”(Qualls-Corbett, 1988; Harris, 1991; Busenbark, 1997; Meador, 2000;
Ryang, 2006).
Na atual Israel, prestava-se culto a Astarte, deusa do amor, da
paixão, do sexo e da fertilidade. Em Makor, a 2202 a.C., os rituais religiosos
de culto a Astarte envolviam a escolha de um homem para se deitar com a sacerdotisa
da deusa, a personificação da própria deusa, no seu templo, durante sete dias e
sete noites[3]
(Qualls-Corbett, 1988: 12; Pessoa, 2006). Porém, tal como indica o Épico de
Gilgamesh, estas “prostitutas” antigas estavam longe de sofrer o estigma
sentido pelas suas homólogas contemporâneas (Qualls-Corbett, 1988: 37; Shankar,
1990: 30-32; Scrambler, 1997: xi).
Cruz
afirma que, mais a oriente, também na Antiguidade, os japoneses prestavam um
culto à Deusa da prostituição, em honra da qual estabeleceram várias festas
públicas (Cruz, 1984: 54). Ryang esclarece que decorriam vários festivais
dedicados ao panteão politeísta japonês, que envolviam o chamado “sexo sagrado”
no interior dos santuários, ou em seu redor, quer as pessoas se conhecessem,
quer não, em nome da fertilidade e da virilidade (Ryang, 2006: 11).
Já na
“Índia e no Egipto a religião e a política divinizaram os prazeres” (Cruz,
1984: 54). A prostituição religiosa encontrava-se, afirma, amplamente disseminada em
locais tão distantes como a Ásia ocidental, o extremo-oriente, a América
central, a África ocidental, na Síria, na Fenícia, na Arábia, no Egipto
(Qualls-Corbett, 1988: 12; Shankar, 1990: 28; Ryang, 2006: 10; Pessoa, 2006:
17).
Na
Antiga Grécia, atribui-se o estabelecimento regular dos chamados “lugares de
deboche” a Solon, “o primeiro que pelas leis favoreceu o tráfico que faziam dos
seus encontros as voluptuosas atenienses” (Cruz, 1984: 55; Qualls-Corbett,
1988: 38; Ditmore, 2006: xxvi). A estas cortesãs atenienses não se permitia a
entrada na cidade e nos templos. Antes, os espaços onde se tolerava a sua
presença e ocupação eram “as avenidas do cerâmico
e a Arcada do Longo Pórtico, [onde]
se ofereciam às primeiras vistas dos que chegavam ao Pireu, ou aí se
embarcavam” (Cruz, 1984: 57). As cortesãs eram, na sua maioria, escravas cujos
senhores “traficavam os seus encontros: era então toda a sua arte empregada em
seduzir algum rico que as comprasse e lhes desse liberdade” (Idem: 57).
O
conceito de tráfico tem sido vinculado à prostituição, como de resto se nota na
linguagem utilizada. Mais à frente na História, Goody afirma que, no século X,
o Magrebe era principalmente notável pelo seu mercado de escravos negros e
brancos, estes últimos originários do “bairro Andaluz”. Os preços mais altos
seriam praticados sobre os escravos brancos e, muito particularmente, sobre as
escravas brancas, “sexualmente atraentes” (Goody, 1980: 29). O sexo – ligado ou
não à reprodução e aos mercados – sempre foi e é a força motriz da existência
humana.
Na
Roma antiga também se encontrava o “flagelo da prostituição”. Esta expressão é
de Cruz (1984 [1941]), que salienta que “as leis de escravidão, e aquelas que
então regulavam a união dos sexos, muito contribuíram para o incremento da
prostituição, a ponto que o deboche público não chocava os costumes, antes
deles fazia parte” (Idem: 60). As mulheres que “exerciam o seu infame comércio”
encontravam-se nos bairros mais retirados da cidade, “próximo dos muros, ao pé
do Circo, do estádio e dos Teatros” (Idem: 61).
Contrariando o que acaba de ser
dito, porém, Lopes (2006) e Roberts (1992) afirmam que, no Império Romano, as
prostitutas orgulhavam-se de ser mais livres, mais cultas e mais belas entre as
mulheres, à semelhança das “heteras”, “amantes” ou “prostitutas de elite” da
Grécia antiga, o equivalente às acompanhantes de luxo de hoje (Coelho, 2009).
A história da
prostituição revela que nalguns locais a actividade prostitutiva era
constituinte da acção do sagrado e da religião, sendo uma prática de devoção e
uma homenagem à divindade.
Porém, com o passar dos tempos, destaca-se a
obscuridade, a perda de valor e a visibilidade que a “mulher pública posta a
ganho” passa a sofrer com a aproximação à contemporaneidade.
Elas são afastadas
dos templos e dos centros das cidades. Deixam de surgir interligadas com o
divino ou o sagrado. Antes mesmo do Cristianismo se ter difundido, a visão da
prostituta estigmatizada já estava alicerçada nas mentalidades dos atores
sociais, muito por via dos sentimentos entretanto tornados populares de culpa.
Não esqueçamos o dualismo entre “alma”
perfeita e “corpo” impuro, existente já no pensamento grego, que é prolongado no
pensamento cristão, no dualismo entre o “espírito” e a “carne” (Ferreira, 2006:
30; Synnott,
1993: 9). Com a difusão e instauração do cristianismo,
nomeadamente a ocidente, os valores da virgindade e do controlo dos ímpetos
carnais torna-se uma máxima.
Germaine Greer é uma das autoras que sublinha a
importância atribuída à castidade com o surgimento do cristianismo, sendo que
os fiéis deverão seguir o exemplo divino de Cristo e de sua mãe. Afinal, o deus
católico apraz-se com a abstinência sexual e a lealdade marital. No seu livro Sex and Destiny (1984), Greer aponta
estes mesmos argumentos para destacar a importância atribuída à castidade que
é, na verdade, uma forma social de controlo da sexualidade (feminina) e da natalidade (Greer, 1984: 80-81).
Porque é o espaço onde vivem latentes as tentações
carnais e o pecado, o corpo é um “lugar a controlar, a
disciplinar, a conter” (Ferreira, 2006: 29). A inocência e a pureza moral são
apresentadas como os mais altos valores da doutrina cristã. É por isso que
ainda hoje as mulheres que trabalham na prostituição são consideradas “más
mulheres”, que transgridem as normas de feminilidade e são, portanto, alienadas dos seus
direitos.
Se nem sempre a prostituta foi percepcionada como má mulher, porque é que não será possível hoje vê-la simplesmente como uma pessoa, nem sagrada, nem profana?
[1] Na introdução deste livro, nas palavras de Joaquim
Pais de Brito, este é “o primeiro estudo a sério sobre a prostituição em
Portugal” (Cruz, 1984: 17-18).
[2] A citação é de Cruz, 1984. A transcrição
exata do versículo mencionado é: “ Não haverá rameira de entre as filhas de
Israel; nem haverá sodomita de entre os filhos de Israel”.
[3] Mais a oriente, no Japão, Ryang menciona a existência
de festas sagradas dedicadas ao panteão, que também envolviam encontros sexuais
que duravam sete dias e sete noites, como as cerimónias de kagai, okomori, zakone
(Ryang, 2006: 11-14).
Bibliografia:
Busenbark,
Ernest, 1997, Symbols, Sex and the Stars,
s.l., The Book Tree.
Coelho,
Bernardo, 2009, Corpo Adentro,
Lisboa: Difel.
Cruz,
Francisco I. S., 1984 (1941), Da
Prostituição na Cidade de Lisboa, Lisboa: Publicações Dom Quixote.
Ditmore,
Melissa H. (ed.), 2006, Encyclopedia of
Prostitution and Sex Work, Volumes 1 & 2, Wesport e Londres: Greewood
Press.
Ferreira,
Vítor S., 2006, Marcas de Demarcam:
Corpo, Tatuagem e Body Piercing em Contextos Juvenis, Tese de Doutoramento,
Lisboa: ISCTE.
Goody, Jack,
1980, “Slavery in Time and Space” in Watson, James L. (ed.), 1980, Asian and African Systems of Slavery,
Berkeley: Basil Blackwell, pp.16-42.
Greer, Germaine,
1984, Sex and Destiny: The Politics of
Human Fertility, Londres: Martin Secker & Warburg Limited.
Harris,
Rivkah, 1991, “Inanna-Ishtar as Paradox and a Coincidence of Opposites”, History of Religions, Volume 30, Nº 3,
pp. 261-278.
Lopes, Ana,
2006, Trabalhadores do Sexo Uni-vos!
Organização Laboral na Indústria do Sexo, Lisboa: Publicações Dom Quixote.
Meador,
Betty D.S., 2000, Inanna, Lady of the
Largest Heart. Poems of the Sumerian High Priestess Enheduanna, Austin:
University of Texas Press.Pessoa, Alfredo A., 2006 (1887), Os Bons Velhos Tempos da Prostituição em Portugal, Lisboa: Antígona.
Qualls-Corbett,
Nancy, 1988, The Sacred Prostitute:
Eternal Aspect of the Feminine, Toronto: Toronto University Press.
Roberts,
Nickie, 1992, Whores in History.
Prostitution in Western Society, Londres: Harper Collins.
Ryang,
Sonia, 2006, Love in Modern Japan: Its
estrangement from self, sex and society, Oxon: Routledge.Scrambler, Graham e Scrambler, Annette, 1997, Rethinking Prostitution: Purchaising sex in the 1990s, Nova Iorque: Routledge.
Shankar, Jogan, 1990, Devadasi cult - A sociological analysis, Nova Deli: Ashish Publishing House.
Synnott, Anthony, 1993, The Body Social. Symbolism, Self and Society, Londres e Nova
Iorque: Routledge.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Trance psicadélico no Algarve: um estudo sobre as práticas culturais de um movimento marginal
Este trabalho, realizado por Darryl Domingos, tem como principal objectivo analisar, sob o prisma dos estudos culturais, as particularidades e as práticas culturais de um movimento festivo local associado ao género de música trance psicadélico.
Na realização deste trabalho adoptou-se uma abordagem etnográfica, assente em saídas de campo e em entrevistas a indivíduos que participam neste tipo de festividades, permitindo uma maior aproximação ao fenómeno festivo e aos seus actores. Situando o objecto na sociedade das redes, onde se assiste a uma relação crescente de interdependência entre humanos e meios tecnológicos, pretendeu-se ainda compreender a influência que a globalização da cultura – principalmente através das tecnologias de informação e comunicação – tem na criação, na difusão e na apropriação da cultura em realidades locais.
A tese encontra-se disponível em:
https://sapientia.ualg.pt/handle/10400.1/2075
Na realização deste trabalho adoptou-se uma abordagem etnográfica, assente em saídas de campo e em entrevistas a indivíduos que participam neste tipo de festividades, permitindo uma maior aproximação ao fenómeno festivo e aos seus actores. Situando o objecto na sociedade das redes, onde se assiste a uma relação crescente de interdependência entre humanos e meios tecnológicos, pretendeu-se ainda compreender a influência que a globalização da cultura – principalmente através das tecnologias de informação e comunicação – tem na criação, na difusão e na apropriação da cultura em realidades locais.
A tese encontra-se disponível em:
https://sapientia.ualg.pt/handle/10400.1/2075
terça-feira, 7 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
a cantilena dos 3 "p"
Os discursos humanistas não costumam sair duma cantilena de três “P”: prevenção, protecção e punição. Melhorar a legislação, apostar na educação, trabalhar no terreno e sensibilizar as pessoas. Demagogia por parte de quem defende um sistema económico que legitima a existência de exploradores e explorados, e cava o fosso entre os que têm tanto e os que nada têm – e por isso já nada têm a perder.
sábado, 4 de maio de 2013
A liberdade é um valor essencial para haver dignidade
Não podemos ser nós a decidir, com base em padrões morais totalitários. A liberdade é um valor essencial para haver
dignidade. Esta é a diferença fundamental entre quem tem um projecto
emancipatório e ouve, envolve e respeita as pessoas a quem as questões dizem
directamente respeito, e as entidades que se posicionam com base em
pressupostos gastos, desfasados da realidade e assentes numa visão conservadora
e sacralizada das sexualidades.
Perante as vozes que afirmam que a actividade de prestadores/as de serviços sexuais é indigna, respondemos que indigno é continuar a condenar à marginalidade quem já é estigmatizado pela sociedade em geral. Espera-se que as associações de defesa dos direitos das mulheres, dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras sejam realmente defensoras de todas as mulheres e de todas as trabalhadoras.
Perante as vozes que afirmam que a actividade de prestadores/as de serviços sexuais é indigna, respondemos que indigno é continuar a condenar à marginalidade quem já é estigmatizado pela sociedade em geral. Espera-se que as associações de defesa dos direitos das mulheres, dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras sejam realmente defensoras de todas as mulheres e de todas as trabalhadoras.
Indigno é negar o poder de decisão destas pessoas e considerá-las seres menores,
vítimas que só são merecedoras de direitos como a reforma, direito a não verem
os seus filhas/os retiradas/os pela Segurança Social ou direito à habitação,
quando deixarem de exercer a actividade na área dos serviços sexuais.
Indigno é continuar a perigar a saúde pública condenando uma campanha que
previne IST.
Indigno é continuar a reduzir trabalho sexual a prostituição, quando
prostituição é apenas uma das actividades que envolve serviços sexuais.
Indigno é pactuar com qualquer forma de opressão.
Indigno é considerar indignas as pessoas que prestam serviços sexuais e
votá-las, ainda mais, ao isolamento e desprotecção.
A Directiva de Retorno está quase a fazer anos
A directiva de Retorno - ou da Vergonha - está quase a fazer o lindo aniversário de 5 anos.
Reza que o regresso voluntário dos imigrantes ilegais deve ser privilegiado.
Reza ainda que "estabelece um procedimento harmonizado em duas fases: uma decisão de regresso numa primeira fase e, se o imigrante ilegal em causa não regressar de forma voluntária, uma medida de afastamento numa segunda fase" (1).
A adopção formal daquela que é apelidada por largos sectores da sociedade civil como a “Directiva da Vergonha”em pleno Ano Europeu para o Diálogo Intercultural, e, em particular, nas vésperas das comemorações da Declaração Universal dos Direitos Humanos, é sintoma de um gritante divórcio entre os discursos oficiais e a realidade.
Já em Portugal, o artigo 190 da lei da imigração (2) refere:
1 — É concedida autorização de residência ao cidadão estrangeiro que seja ou tenha sido vítima de infracções penais ligadas ao tráfico de pessoas ou ao auxílio à imigração ilegal, mesmo que tenha entrado ilegalmente no País ou não preencha as condições de concessão de autorização de residência.
2 — A autorização de residência a que se refere o número anterior é concedida após o termo do prazo
de reflexão previsto no artigo 111.o , desde que:
a) Seja necessário prorrogar a permanência do interessado em território nacional, tendo em conta o interesse que a sua presença representa para as investigações e procedimentos judiciais;
b) O interessado mostre vontade clara em colaborar com as autoridades na investigação e repressão do trá-
fico de pessoas ou do auxílio à imigração ilegal;
c) O interessado tenha rompido as relações que tinha com os presumíveis autores das infracções referidas no número anterior.
Durante o ano de 2011 foram instaurados 2.486 processos de expulsão administrativa, tendo sido proferidas 634 decisões de expulsão e 452 de arquivamento, totalizando 1.086 procedimentos concluídos.
Em 2011, segundo os dados do SEF, foram instaurados 38.811 processos de contra ordenação; 37,86% dos quais por permanência irregular em território nacional, 4,70% por falta de declaração de entrada e 1,79% pelo exercício de atividade profissional não autorizada (3).
(1) ver texto em: http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:348:0098:0107:ES:PDF
(2) ver lei da imigração portuguesa em: http://www.sef.pt/documentos/56/NOVA%20LEI%20ESTRANGEIROS.pdf
(3) ver Relatório Imigração, Fronteiras e Asilo: http://sefstat.sef.pt/Docs/Rifa_2011.pdf
Reza que o regresso voluntário dos imigrantes ilegais deve ser privilegiado.
Reza ainda que "estabelece um procedimento harmonizado em duas fases: uma decisão de regresso numa primeira fase e, se o imigrante ilegal em causa não regressar de forma voluntária, uma medida de afastamento numa segunda fase" (1).
A adopção formal daquela que é apelidada por largos sectores da sociedade civil como a “Directiva da Vergonha”
Já em Portugal, o artigo 190 da lei da imigração (2) refere:
1 — É concedida autorização de residência ao cidadão estrangeiro que seja ou tenha sido vítima de infracções penais ligadas ao tráfico de pessoas ou ao auxílio à imigração ilegal, mesmo que tenha entrado ilegalmente no País ou não preencha as condições de concessão de autorização de residência.
2 — A autorização de residência a que se refere o número anterior é concedida após o termo do prazo
de reflexão previsto no artigo 111.o , desde que:
a) Seja necessário prorrogar a permanência do interessado em território nacional, tendo em conta o interesse que a sua presença representa para as investigações e procedimentos judiciais;
b) O interessado mostre vontade clara em colaborar com as autoridades na investigação e repressão do trá-
fico de pessoas ou do auxílio à imigração ilegal;
c) O interessado tenha rompido as relações que tinha com os presumíveis autores das infracções referidas no número anterior.
Durante o ano de 2011 foram instaurados 2.486 processos de expulsão administrativa, tendo sido proferidas 634 decisões de expulsão e 452 de arquivamento, totalizando 1.086 procedimentos concluídos.
Em 2011, segundo os dados do SEF, foram instaurados 38.811 processos de contra ordenação; 37,86% dos quais por permanência irregular em território nacional, 4,70% por falta de declaração de entrada e 1,79% pelo exercício de atividade profissional não autorizada (3).
(1) ver texto em: http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:348:0098:0107:ES:PDF
(2) ver lei da imigração portuguesa em: http://www.sef.pt/documentos/56/NOVA%20LEI%20ESTRANGEIROS.pdf
(3) ver Relatório Imigração, Fronteiras e Asilo: http://sefstat.sef.pt/Docs/Rifa_2011.pdf
sábado, 27 de abril de 2013
ciência e controlo
"All science is merelly a means to an end. The mean is knowledge. The end is control" (in http://www.youtube.com/watch?v=H4HHVlIqkhE 11:08m).
"não há mal nenhum em ser-se terrorista, desde que se ganhe. depois rescreve-se a história"
"não há mal nenhum em ser-se terrorista, desde que se ganhe. depois rescreve-se a história" (paul watson, cit in Luís Ribeiro, 2012, Histórias do Tejo, Lx: Esfera dos Livros: 141). e assim um ecologista define a história da humanidade - tem sido sempre assim, pelo menos desde o advento da escrita (é por isso que há quem diga que a história começa na suméria).
hoje, como há 3000 anos, a história é escrita pelos "vencedores". Os vencedores odeiam o termo, mas não são eles próprios terroristas?
hoje, como há 3000 anos, a história é escrita pelos "vencedores". Os vencedores odeiam o termo, mas não são eles próprios terroristas?
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Stop the violence against women
1 bilion?!? no. we are much much more. to the agressors: you really should be carefull.
quinta-feira, 21 de março de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
EBANO Art. Ethnography. Intervention
http://www.ebanocollective.org/#!what-we-do/c1zqg
"EBANO (Ethnography Based Art Nomad Organization) é uma associação sem fins lucrativos sediada em Portugal que propõe-se realizar intervenções site specifics no espaço público, resultantes do diálogo entre prática artística e pesquisa etnográfica.
Um projeto a descobrir!
"EBANO (Ethnography Based Art Nomad Organization) é uma associação sem fins lucrativos sediada em Portugal que propõe-se realizar intervenções site specifics no espaço público, resultantes do diálogo entre prática artística e pesquisa etnográfica.
EBANO (Ethnography Based Art Nomad Organization), is a non-profit association that proposes to carry out site-specifics projects and urban interventions through art supported by ethnographic research."
Um projeto a descobrir!
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