Há lá coisa mai linda que vir no bus e de repente haver porrada!
Uma tipinha daquelas que não fazem falta vivas insurge-se quando o motorista lhe pede que pague o bilhete.
O carrinho de bébé que leva com mais duas amigas já está no lugar.
Não sei porquê desata aos berros com uma velhota que podia ser avó dela e levanta-lhe a mão para lhe bater.
Um homem levanta-se a agarra-a. Começa a peixarada a sério:
"Saí da cona da mha mãe há 27 anos! O meu marido não me bate, e bates-me tu?!?".
A tipinha aproxima-se do carrinho de bébé (onde está de facto um bébé) e puxa de uma ponta e mola de dentro da mala. Ainda acerta no tipo, mas não faz moça.
O bus parado nas amoreiras, a porta aberta e tudo aos berros. As 3 tipinhas e o carrinho de bébé saem com ameaças a toda a gente desde a velhota, ao motorista, ao tipo que se levantou para defender a velhota.
A situação é comunicada à carris e polícia. Não deve acontecer nada claro.
Mas a criança ao menos devia ser retirada. Quer dizer...uma ponta e mola junto ao bébé?!...sou só eu ou o meu país tem gente desta a mais, desnecessária?
Não houve uma campanha ecológica chamada "limpar portugal"?...Falharam nitidamente Lisboa.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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3 comentários:
"Uma tipinha daquelas que não fazem falta vivas" . Bela expressão num espaço que se afirma de defesa dos direitos humanos. É a esquerdinha queque e caviar no seu melhor, com mais preconceitos que a direita caceteira e afogada no chafurdo da hipocrisia!
Concordo. É uma expressão infeliz, apesar de utilizada para se referir a um acontecimento especifico.
Uma opinião tem que ser sempre de esquerda ou de direita? Talvez seja esse o nosso mal...
"isto está certo e tal, os tipos até têm razão, mas é uma ideia de esquerda/direita, por isso não presta..."
Estupidez humana? Assim, andar em frente que é bom...nada!
Os de esquerda não prestam, os de direita não prestam,os novos não prestam, os velhos não prestam...Afinal, ninguem presta para nada...
Até quando?
pois é. já vi umas coisas, mas uma história de faca e alguidar assim nunca tinha presenciado. há certas regras básicas d convivência em sociedade. e não foi a berraria nem as mãos levantadas que me impressionaram. foi ver surgir uma ponta e mola da mala junto ao bébé.
e sim sou toda pela igualdade, mas de facto não curto criminosos (andar armado é crime. meto no mesmo saco os políticos que nos chupam até ao tutano; ou o empresário que não paga porque não quer, ou despede porque sim; ou @ tip@ que bate n@ companheir@). teria sido mais correcto quanto a mim termos esperado pela polícia. e mantenho que a criança devia ser retirada à tipinha. filhos retirados não vão obrigatoriamente para orfanatos, se tiverem família (como parecia ser o caso com o tal "marido que não me bate").
é que precisamente por ser toda pela igualdade é que tenho as maiores dificuldades em não considerar (mesmo!) que há gente a mais, que até podem ser semelhantes a mim, mas que comigo não partilham a mesma humanidade. não é a mãe bronca. é toda a gente que pensa (ou sabe) que pode a qualquer altura eliminar a liberdade do outro, que pode cometer crimes, e que sai sempre impune. é o que há mais para aí. e sim, quanto a mim, essas são as pessoas a mais, desnecessárias, a "limpar". linguagem agressiva de facto. "esquerdinha queque" ainda não me tinham chamado. mas esta é só a mha posição.
por fim, obrigada, este foi construido como espaço de debate. portanto fico-vos grata por isso mesmo.
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