sábado, 31 de maio de 2014

Campanha Reservado - Nova campanha de sensibilização para o tráfico de pessoas

RESERVADO - Em nome de uma vítima de tráfico de seres humanos é uma campanha promovida pela delegação de Lisboa, Tejo e Sado da APF - Associação para o Planeamento da Família, que pretende sensibilizar a população e apelar à sinalização de vítimas.

299 foram sinalizadas em 2013 e os seus agressores raramente são constituídos arguidos. Portugal é simultaneamente país de origem, trânsito e destino de Tráfico Humano e são as mulheres e as crianças que apresentam uma maior vulnerabilidade à situação.


https://www.youtube.com/watch?v=zpHJKDCd0ps

quarta-feira, 21 de maio de 2014

“Conchita Forever!” in Crónicas Figueira na Hora

Não vi o festival da Eurovisão. Estava a trabalhar. Mas como quase todos, acompanhei tanto quanto pude a participação da Conchita. As reacções das pessoas foram elas próprias bem divertidas: “O que é isto?!?”; “É mulher ou homem”?; “Só com provocação é que ganhou”. Mentira: a Conchita canta bem, tem uma óptima presença em palco, tem o corpo que muitas mulheres “biológicas” gostavam de ter. Não desvalorizo, todavia, a provocação. Pelo contrário, senti uma enorme admiração por tamanha coragem.

Chamam-lhe a mulher-barbuda, pensado que é um nome original. Não é. Aqui entre nós em Portugal tivemos a Barbuda, que era prostituta e mãe da mítica “primeira fadista”, a Severa. Ana Gertrudes Severa, a Barbuda, era uma célebre prostituta da Mouraria do século XIX, e Maria Severa terá ingressado muito cedo na mesma profissão, depressa se distinguindo nesse meio, não só - e muito em particular, como seria de esperar em semelhante contexto - pela beleza trigueira, como ainda pelos dotes invulgares de cantadeira de Fado (apenas uma curiosidade sobre a nossa história).

Agora, 2014, Thomas “Tom” Neuwirth, ou Conchita Wurst, é uma cantora austríaca. O que também não deixa de ser curioso. É de um país com fama de ser assim um bocado para o reaccionário  que brota esta estrela transgénero.
Simone de Beauviour já tinha escrito que “não se nasce mulher, faz-se mulher”, através da educação e do papel esperado a desempenhar. Não é, claro, a única autora a defender esta ideia. Mas leiam o Segundo Sexo, que justifica e aprende-se umas ideias. E o tipo de escrita é acessível a todos. Além de que, pessoalmente, é um livro brilhante.

Conchita veio demonstrar uma coisa que só agora começamos a aprender – e como novidade, é negada ainda pela maioria: podemos ser o género que formos, apesar do sexo com que nascemos. Biologia não é socialidade. Nascer mulher já não tem por destino final ser escrava do homem e parideira. Ser homem já não significa ser chefe de família e seu sustento. Ser trans não significa doença ou anomalia. As possibilidades são infinitas, tantas quantas a nossa imaginação, necessidade e desejo. Conchita veio demonstrar isso. Merece todo o respeito.
Parabéns Conchita! 

Link: 



quinta-feira, 8 de maio de 2014

234 jovens nigerianas raptadas alegadamente para venda a 12 dólares cada uma...assinem por favor...

Reports of 234 kidnapped Nigerian schoolgirls have made headlines worldwide, and now a new twist has emerged — the kidnapped girls are reportedly being sold into modern slavery for as little as $121.
But there is a solution.
Experts believe that if the Nigerian Government acts immediately and uses every resource at its disposal, it can locate the girls and return them to their families.
However for this to happen they need to know that the world is watching — and waiting. Help save the 234 schoolgirls from Forced Child Marriage — tell Nigerian President Jonathan to:
  1. Act immediately on intelligence received from credible local sources;
  2. Work with neighbouring countries Cameroon and Chad as well as other nations offering assistance to mount an effective search for the girls; and
  3. Improve the protection of schools in north-eastern Nigeria so children can receive an education without risk of kidnapping, forced marriage or other abuses.
Each day the schoolgirls are held captive, the risk of them falling victim to Forced Child Marriage increases. By sending a strong, united message to Nigeria’s President today, we can help ensure his Government spares no effort until the girls are rescued and back with their families.


segunda-feira, 5 de maio de 2014

Flash Mob do 1º de Maio pelos Direitos d@s Trabalhad@res do Sexo in Figueira na Hora

A opinião com FILIPA ALVIM - Flash Mob do 1º de Maio pelos Direitos d@s Trabalhad@res do Sexo


Na madrugada de 30 de Abril para 1 de Maio decorreu o Flash Mob pelos Direitos d@s trabalhador@s do sexo[1]. Pelas 00:15 horas, um pequeno grupo no Porto, cheio de determinação, abriu os seus chapéus-de-chuva vermelhos – símbolo internacional da luta pelos direitos destas pessoas sem nome, geralmente apelidadas apenas de prostitutas ou putas (como se não houvessem nem homens nem transexuais neste mundo. E quantos há!).

A iniciativa partiu da Rede sobre o Trabalho Sexual[2], que congrega a maioria das ONGs de terreno, simpatizantes, académicos e trabalhador@s do sexo. No Porto correu bem. Em Lisboa foi um fiasco. Os poucos que foram sentiram-se sós e não houve flash mob, como estava combinado. O Porto, lá nisso, é muito mais activo. Claro que Portugal não conta com um STRASS[3], por exemplo, um sindicato de trabalhador@s do sexo sediado em Paris que junta manifestações de 100 ou mais pessoas. As prostitutas sentem demasiado estigma para darem a cara. Há sempre umas com mais coragem que lideram o movimento internacional, mas no panorama geral, o movimento d@s trabalhador@s do sexo é ainda tímido.

E afinal o que se pretende com este tipo de iniciativas? Demonstrar uma verdade empírica que magoa a susceptibilidade de muita gente: há quem faça do trabalho sexual o seu trabalho. Como tal, e porque se sentem trabalhador@s, querem os mesmo direitos e deveres que @s restantes trabalhador@s: enquadramento legal e laboral, inserção na segurança social, direito a uma reforma quando chega a idade, direito a uma vida com dignidade. Querem também contribuir para o país, que se desfaz com impostos cada vez mais pesados. Querem ajudar quem precisa, nomeadamente as vítimas de exploração sexual (@s tais traficad@s e explorad@s). Querem justiça, paz, pão, saúde, educação, habitação, segurança. Querem viver sem medo. Afinal, não é o que tod@s nós queremos? 



[3] Ver site em: www.strass-s

5 de Maio de 2014

Filipa Alvim

Link: 


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Flash Mob do 1º de Maio pelos Direitos d@s Trabalhad@res do Sexo

O Flash Mob do 1º de Maio pelos Direitos d@s Trabalhad@res do Sexo no Porto foi notícia ao longo do dia em vários media nacionais (via Rede sobre o Trabalho Sexual):

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=734434&tm=8&layout=122&visual=61


Rede sobre o Trabalho Sexual em:


https://www.facebook.com/pages/Rede-sobre-Trabalho-Sexual/104752259637059?fref=ts